Ser Miss é ser assim...

" Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes... tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem eu não sou.
Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre."

Clarice Lispector

6.3.14

Diário da Mamãe - Viajar sem filhos


Quando planejamos dividir nossa vida, tudo que sabemos e o que desejamos ainda aprender com uma nova vida, tínhamos a certeza de que estávamos recebendo a maior graça de nossa vida e para ela estávamos preparados, prontos para nos aperfeiçoarmos a cada instante!
Durante quase dois anos, nossa presença com a pequena foi 100%. Finais de semana, dias e noites dedicados à brincadeiras, aprendizados e minutos mágicos.
Mantivemos a rotina de casal, diferente, mas mantivemos. Em casa, continuamos cozinhando juntos, namorando, vendo alguns filmes, muitas vezes não inteiros, mas tudo foi feito junto. Carol dormiu fora uma vez  por mês, levando agitação para as noites na casa das avós, assim jantamos a dois, festejamos com amigos e, no dia seguinte, estávamos morrendo de saudade de doces beijos e abraços.
A vida em família é deliciosa, mas, confesso, quando juntamos trabalho, afazeres domésticos e exigências pessoais, o tempo fica curto e o estresse aumenta um pouco. Portanto tomamos uma decisão, meio que rápida, se fôssemos pensar muito, não tomaríamos... faríamos uma pequena viagem sem a princesa!
A vontade de jantar sem pressa, pegar na mão, conversar tomando um vinho, dormir um pouco sem interrupções ... era necessário para renovar a energia que ficou pausada do casal e, confesso cada casal deve encontrar em sua rotina, tempo para ficar junto, só e com os filhos!
Fechamos cinco dias em Montevidéu e o planeamento de tudo foi super  simples. Carol ficaria uns dias em uma avó, outros na outra e, com ela, foi isso que ocorreu e só!
Carolina ficou hiper bem, curtiu, dormiu, comeu e nem por nós perguntava, qdo ligávamos nem oi queria falar...olhava para o céu, ao localizar um avião dizia “ Oh, mamãe lá..vai trazer presente!”
Agora deixe-me contra o lado daqui, de dentro desse coração!
A culpa tomou conta de mim. Tenho certeza que esse sentimento é  normal, principalmente para pessoas tom ei tipo... que querem estar em vários lugares ao mesmo tempo, adoram fazer muitas coisas, é feliz com tudo junto...mas, falta tempo!
Sou uma mulher que ama a vida que leva, por isso batalho por tantos sonhos e fico agradecida com cada pequeno e único milagre. Talvez por isso, a saudade foi tão grande. Confesso, foi delicioso, mas sofrido!
Sugiro que cada mulher tenha sim um tempo para si, assim estarão ainda melhores para dividir mais tempo com quem se ama.
Pessoas que não dedicam tempo para si, são rancorosas, reclamam de tudo e vivem dizendo que a vida é dura! Tudo bem, concordo,  a vida não é nada fácil, mas nós precisamos fazer boas escolhas!
Dia a dia, a saudade apertava, momentos de culpa também, principalmente aquele diabinho dizendo “ tá vendo, quis filho, agora deixa!”, mas aos poucos preciso me livrar dele e ouvir o anjo lindo que sempre sussurra, “ vai, seja feliz, vc merece!”
Minhas caras, o passeio rendeu boas conversas, vinhos, ótimos pratos degustados sem pressa e, posso garantir voltei com mais vontade de brincar de esconder, de pintar, fazer massinha, recolher brinquedo o dia inteiro, ir para praia procurar conchinhas, passear pelo bosque, dar pão aos patos...enfim, fazer tudo que podemos para desfrutar cada minuto ao lado da nossa pequena.

Fica a dia, se cuida, vá viajar um pouco, almoce com as amigas, vá ao cinema e seja feliz!
Para completar esse relato depois de muito tempo sem alimentar essa categoria do blog, uma foto para justificar tamanha saudade em ficar longe!


Um comentário:

Grazi disse...

Sei bem como funciona...meu pequeno já tem 8 anos, desde os 5 viaja pra casa do pai e fica feliz da vida e eu tento aceitar que será um tempinho pra namorar meu marido...mas vai chegando um momento que a falta dele em casa, me sufoca, quando vemos, estamos falando dele o tempo todo...tenho sentindo uma vontade de ir a praia, lua de mel, sem hora pra nada, mas e a culpa de ir e não levá-lo?!!!! Mas faz parte desse nosso universo! Bjcas e bom fds!

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