Ser Miss é ser assim...

" Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes... tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem eu não sou.
Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre."

Clarice Lispector

7.1.13

Perseverar



"Jogo a minha rede no mar da vida e às vezes, quando a recolho, descubro que ela retorna vazia. Não há como não me entristecer e não há como desistir. Deixo a lágrima correr, vinda das ondas que me renovam, por dentro, em silêncio: dor que não verte, envenena. O coração marejado, arrumo, como posso, os meus sentimentos. Passo a limpo os meus sonhos. Ajeito, da melhor forma que sei, a força que me move. Guardo a minha rede e deixo o dia dormir.
Com toda a tristeza pelas redes que voltam vazias, sou corajosa o bastante para não me acostumar com essa ideia. Se gente não fosse feita pra ser feliz, Deus não teria caprichado tanto nos detalhes. Perseverança não é somente acreditar na própria rede. Perseverança é não deixar de crer na capacidade de renovação das águas.
Hoje, o dia pode não ter sido bom, mas amanhã será outro mar. E eu estarei lá na beira da praia de novo. "
 
Ana Jacomo
 
 
 
Minha Cara, Ana...
Todo dia penso exatamente como essa pescadora que decreveu.... lanço minha rede ao mar, espero e nem sempre consigo recolher o que desejava. Contudo, deixar de lançá-la é assumir que não se quer viver, que não se tem coragem suficiente para lidar com as impossibilidades e, crer em Deus é saber que o impossível não existe...não para Ele, não para mim...
Certo dia, recolhi minha rede cheia de coisas ruins, aposto que você também! Tudo bem, não as guardei, nem lancei novamente, seria assumir que posso transmitir o que é mal, apenas recolhi e achei um lugar apropriado para essas coisas bem desagradáveis... esse lugar, não é aqui, próximo de mim...
Outro dia ainda, ao recolher, qual foi minha alegria? Estava transbordando de alegrias e possibilidades e tive a certeza de que um dia só pode ser bom, se vivido intensamente... de repente a colheita não foi a melhor, mas perseverei e...fiz o que pude!
Agora, o que nos resta pescadora?
Lançar a rede de hoje e lidar com o que ela nos traz....

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