Ser Miss é ser assim...

" Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes... tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem eu não sou.
Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre."

Clarice Lispector

3.6.12

Os cegos e o elefante

Hoje compartilho uma historinha... na verdade uma fábula. Dizem que fábulas foram criadas para se ensinar moral e bons costumes às crianças de antigamente. Iam contando, contando e sempre se transmitia alguma coisa... bem, através dela, quero passar meu recado de hoje!

"Era uma vez seis cegos à beira de uma estrada. Um dia, lá do fundo de sua escuridão, eles ouviram um alvoroço e perguntaram o que era.
Era um elefante passando e a multidão tumultuada atrás dele. Os cegos não sabiam o que era um elefante e quiseram conhecê-lo.
Então o guia parou o animal e os cegos começaram a examiná-lo:
Apalparam, apalparam…Terminado o exame, os cegos começaram a conversar:
— Puxa! Que animal esquisito! Parece uma coluna coberta de pêlos!
— Você está doido? Coluna que nada! Elefante é um enorme abano, isto sim!
— Qual abano, colega! Você parece cego! Elefante é uma espada que quase me feriu!
— Nada de espada e nem de abano, nem de coluna. Elefante é uma corda, eu até puxei.
— De jeito nenhum! Elefante é uma enorme serpente que se enrola.
— Mas quanta invencionice! Então eu não vi bem? Elefante é uma grande montanha que se mexe.
E lá ficaram os seis cegos, à beira da estrada, discutindo partes do elefante. O tom da discussão foi crescendo, até que começaram a brigar, com tanta eficiência quanto quem não enxerga pode brigar, cada um querendo convencer os outros que sua percepção era a correta. Bem, um não participou da briga, porque estava imaginando se podia registrar os direitos da descoberta e calculando quanto podia ganhar com aquilo.
A certa altura, um dos cegos levou uma pancada na cabeça, a lente dos seus óculos escuros se quebrou ferindo seu olho esquerdo e, por algum desses mistérios da vida, ele recuperou a visão daquele olho. E vendo, olhou, e olhando, viu o elefante, compreendendo imediatamente tudo.
Dirigiu-se então aos outros para explicar que estavam errados, ele estava vendo e sabia como era o elefante. Buscou as melhores palavras que pudessem descrever o que vira, mas eles não acreditaram, e acabaram unidos para debochar e rir dele.
Morais da história:
Em terra de cego, quem tem um olho anda vendo coisas.
Quando algo é tido como verdade, o que é diferente parece mentira.
Problemas comuns unem.
Se você for falar sobre um bicho para uma pessoa que nunca viu um, melhor fazer com que ela o veja primeiro.
(Obs: isso vale para muitas outras coisas além de bichos…)"





Essa fábula é antiga, já conhecia há muito tempo, mas ao reler, hoje, me pareceu novíssima!
Principalmente sobre a questão de "olhar as partes"  ou ouvir as partes, somente as partes que desejamos. Em quantas situações isso não acontece? Ouvimos parte da história, pensamos no restante do nosso ponto de vista e tiramos conclusões precipitadas, talvez conclusões que nem nos dizem respeito. Quantas vezes ouvimos e vemos apenas a parte da história que convém. A parte que não agrada, preferimos não conhecer, fechar olhos e ouvidos para ela, e então, passamos a acreditar somente naquilo que queremos, em partes de uma história, em partes de pessoas...na verdade ficamos ignorantes para o todo pq preferimos meias verdades, perfeição pela metade... será que não seríamos mais felizes se aproveitássemos a história interia e com a parte que não gostamos, poderíamos aprenderíamos? Afinal, não é para isso que cá estamos? Para evoluir?
Bem, já cansei de ver e ouvir metades, hoje, verdadeiramente prefiro não ouvir nem ver... a ouvir e ver tanta besteira que encontro na relação entre as pessoas, que tipo de relações se constroem nos dias de hoje? Fofoca, mentira, inveja, as pessoas se preocupam com dinheiro, status, preço de bolsa, de relógio, casa com granito, com mármore, com sei lá o que... preferem viver nas aparências e isso é até compreensível, já que dá para cuidar da casca, é mais fácil, melhor enganar e deixar o interio apodrecer, o que está por dentro, ninguém vê mesmo, só quem convive pode sentir e, convivendo entre laranjas estragadas, quem nota a diferença!



"A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior perdoa, a inferior condena. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar"
 Chico Xavier

Um comentário:

Maria Helena Mueller - Lelê disse...

BOM Dia LINDA Ju!
Lindo e muito VERDADEIRO!
Obrigada por me ajudar a iniciar a semana, percebendo que há pessoas que pensam e buscam o mesmo que eu.
Pois muitas vezes, quando expresso minha opinião, parece que estou andando na contra mão.
Cada dia mais, vejo a importância que tem em ficar quieta em determinadas ocasiões...
BOA SEMANA QUERIDA MISS!
Tempos atrás, recebi uma msg, que deves conhecer, que fala o que é ser GENTE! Te acho GENTE pra caramba e ainda por cima a verdadeiramente ELEGANTE (em todos os sentidos)!!!
Bjks de carinho pra ti e pra linda Carolina.

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