Essa leitura é para ser feita em uma tarde de férias e com palavras e reflexões que podem ser levadas para uma vida inteira.
Estávamos consultando alguns relatos para o trabalho quando comecei a ler esse livrinho "infanto juvenil" cheio de essência madura de Bartolomeu Campos de Queirós.
Até parece brincadeira, mas fiquei encantada com as descrições cheias de sentimento e comparações entre o avô, que possuía, como o prórpio título diz, um olho de vidro, e a dificuldade que as pessoas têm em "ver" certas coisas, mesmo possuindo os dois olhos "bãos"!
Decidi compartilhar trechos que me fizeram refletir...aliás muito!!!!
"...O pensamento vê o mundo melhor que os olhos, eu tentava justificar. O pensamento atravessa as cascas e alcança o miolo das coisas. Os olhos só acariciam as superfícies."
"... Ninguém esgota o mundo com o olhar, mesmo possuindo dois olhos sem vidro. Mas a gente, com dois olhos, sempre olha e não acredita no que vê."
" Sempre gostei do sabor das lágrimas. Minhas dores duravam só o tempo de a lágrima chegar a minha boca. Quando eu passava a língua e sentia o sal, esquecia a dor. A lágrima sempre salgou meu sofrimento com seu mistério. Acho as lágrimas muito cheias de dizeres. Elas moram dentro da gente. Não sei por que elas não curam a dor antes de a dor doer..."
Bem, fica a dica, uma leitira rápida e cheia de ensinamentos...adorei, fiz uma viagem ao passado, e reencontrei meu avó e minha avó, nas descrições que li!
Um comentário:
Adorei, Linda Ju!!!
Beijos de carinho para ti e para o bebêzinho!!!
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