É com grande alegria que compartilho uma experiência muito carinhosa que uma linda Miss me mandou... a primeira viagem que fez com o filho de avião!
Nós, mãe, somos mesmo seres de outro mundo.... achei que só eu tirava foto de tudo, ficava imaginado as coisas ansiosa e tudo mais, confesso que as vezes me acho anormal, mas, lendo e vendo outras mamães respiro aliviada!
Angélica, obrigada por compartilhar um momento tão especial conosco! Amei e quero experimentar logo!
Em terras brasileiras, 15 de agosto de 2013.
Olá Miss
Florinda,
Hoje foi a nossa 1ª
viagem de avião. Aproveitamos uma promoção feita pela Companhia Aérea Azul e o
feriadão prolongado dedicado a Nossa Senhora da Abadia, na nossa querida
terrinha Uberaba- MG, para viver essa grande aventura.
Estava ansiosa, cheia
de expectativa, apesar de ser um voo considerado doméstico, de aproximadamente
uma hora.
Mas preciso te contar
que os dias que antecederam esse grande dia, foram de muita tensão. Começando
pela compra da passagem, para escolha do assento... Frente, asa ou fundão?
Escolhemos asa, poltrona 10 (número associado a coisas boas, aprovação, nota
10!). Ah! Uma poltrona mesmo, porque Miguel ainda é um bebê e viaja no colo, de
graça.
Depois, a arrumação da
mala. Para esse tipo de viagem, poderíamos levar apenas uma bagagem com 23
kg!!! Como??? Como levar tudo o que eu queria e tudo o que era necessário para
meu filho de 1 ano e 8 meses? Como decidir sobre as minhas coisinhas de mulher
e todas as coisas que uma criança precisa? A saída foi planejar nossos looks,
combinar peças, cores e acessórios, escolher itens coringas... Pronto! Estava
tudo ali, bem arrumadinho.
Identificamos a mala
com uma tag (imprescindível) e alguns apetrechos, fechamos com um cadeado e
providenciamos uma mochila com uma troca de roupa para cada, joias, alguns
brinquedinhos para distrair o pequeno, fraldas descartáveis, lencinhos
umedecidos, pomadas e um medicamento para dor ou febre. E lógico, minha bolsa
com nossos documentos e outras coisinhas mais.
Acordamos cedo, o céu
estava azul e limpo, graças a Deus! Café da manhã leve, casacos mais pesados a
postos, roupas e acessórios sem muitos metais. Afinal, após o check in, o raio-x
nos aguardava e não queríamos nos constranger com seu apito. Eu não sabia disso,
viu? Preparei-me com muitas leituras de blogs e sites que tratam do assunto,
além de dicas de amigos e familiares que já são veteranos.
Chegamos ao aeroporto
de Viracopos, Campinas-SP, com bastante antecedência para estacionar em local
próximo a entrada, pois mala pesada, bebê, bolsa, mochila... Ufa! Muita coisa
pra pensar e carregar, mesmo com a ajuda do maridão.
Entramos na fila
preferencial do check in da Azul, apresentamos os documentos necessários e
nossa bagagem que totalizou 21 Kg. Eba! Não gastamos nem um centavo a mais.
Curtimos o
maridão/papai mais um pouquinho, já que ele não embarcaria conosco, sempre
observando o painel que nos relembraria a hora de ir. Apresentamos o cartão de
embarque na entrada da sala de raio-x e passamos por ele sem nenhum problema.
As pernas estavam trêmulas, a hora de visitar as nuvens aproximava-se.
Identificamos o portão
de embarque, apresentamos nossos documentos mais uma vez e recebemos ajuda para
entrar no ônibus da companhia que nos levou à pista, onde um avião ATR-72 nos
aguardava (aeronave de médio porte e propulsão turboélice combinada com asas altas).
Eu tremia tanto! Mas a aeromoça logo nos recepcionou com um sorrisão no
rosto e disse ‘sejam bemvindos’. Toda a simpatia dela e do comissário de bordo,
me deixaram mais tranquila. Nos ajudaram com a mochila que foi colocada em
compartimento próprio, sobre a nossa poltrona e, nesse momento, resolvi contar
que essa era a nossa 1ª viagem de avião. Em breve conversa, nos asseguraram de
que receberíamos apoio necessário para uma viagem prazerosa.
Sentamos e respirei bem fundo para que o nervosismo me abandonasse. Liguei
para o maridão avisando que já estávamos prontos e ele relembrou ‘é uma viagem
rápida, aproveite, vocês vão gostar’. Contei
ao pequenino que íamos passear nas nuvens, feito passarinhos e ele disse
‘cocó’, referindo-se a uma galinha. As crianças são mesmo maravilhosas, nada
temem, divertem-se com tudo.
Miguel manteve-se tranquilo o tempo todo, e nesse momento, pediu a chupeta.
Foi ótimo, porque essa foi uma das recomendações do pediatra: para evitar a
pressão e dor nos ouvidos durante decolagem e pouso, é interessante que o bebê faça
o movimento de sucção. Chupeta ou amamentação, resolveriam o problema.
Ouvimos a apresentação
e orientações do piloto. Assistimos à apresentação do comissário sobre os
procedimentos de emergência, caso fossem necessários. Todos prontos, a poltrona
do meu lado vazia, portas fechadas, hélices e motor funcionando. Estava na
hora!
O avião se movimentou em
direção a pista e eu rezei, pedi a Deus uma experiência feliz.
Estava ansiosa pelo
momento da decolagem, as sensações, a vista lá de cima... Comentei com meu
marido na noite anterior, que meu nervosismo não era por medo de morrer, medo
de um acidente, porque muito se fala sobre o transporte aéreo ser mais seguro
que o terrestre. Era expectativa para o que eu sentiria: frio na barriga,
enjoo, dor? Era a insegurança de não estar com os pés no chão. E se tivesse
turbulência, se chovesse? E se o Miguel chorasse? E se eu chorasse? A 1ª vez a
gente nunca esquece!
Um misto de emoções e o
piloto avisou ‘tripulação, prontos para decolagem’. Velocidade que nos fez
grudar no assento, olhos atentos para o lado de fora e... Decolamos! Um frio na
barriga, sensação de vazio, coração a mil.
E logo vimos tudo tão
pequenino. Brinquei com meus pensamentos, parecia avistar uma grande colcha de
retalhos verdes e marrons, tantas plantações, tanta terra preparada. Era só uma
hora, precisava aproveitar. O avião se estabilizou no céu, Miguel dormiu. Com o
celular liberado em modo avião, registrei a nossa viagem com fotos.
O comissário passou
pelos corredores com uma cesta cheia de guloseimas e bebida. Pedi um pacote de
bolachinha salgada, um suco, uma água, e, além disso, ele encheu o banco vazio
do nosso lado com vários saquinhos de cookies e de gelatinas com formato de
avião. Um agrado, uma forma de descontrair e levar para o Miguel comer mais
tarde, já que continuava dormindo.
A viagem foi tranquila,
meu filho ficou o tempo todo no colo, li a revista da companhia, o avião
manteve-se como se tivesse parado no céu. Lá embaixo, quase tudo igual. E
então, fomos avisados da preparação para o pouso.
Isso mesmo, foi muito
rápido! Uma hora passou bem depressa. Estávamos sobrevoando Uberaba. A tensão
voltou em nível médio... O que esperar do pouso?
Acordei o Miguel para
que voltasse a sugar a chupeta e contei que o avião ia descer. Senti a
inclinação do avião, ouvi um barulho e senti uma batida embaixo dos pés. Pensei
que poderiam ser os pneus do avião, prontos para uso. E o piloto avisou
‘tripulação, preparados para pouso’. Em poucos segundos, estávamos no chão e o
avião em total desaceleração. Então, novo aviso ‘tenham todos um lindo dia
Azul’ – forma delicada de nos lembrar a companhia que nos atendeu tão bem.
Fomos uns dos
primeiros a desembarcar, tratamento
preferencial, recebemos ajuda para retirar a mochila do compartimento, descer
do avião e retirar um carrinho. Tiramos uma foto do avião, agora do lado de
fora... Que orgulho! Que alegria! Fizemos a nossa 1ª viagem e estávamos prontos
para aproveitar aquela semana em família.
Como o aeroporto de
Uberaba é pequeno, avistamos a esteira com as bagagens rapidamente. Com a nossa
tag personalizada, foi muito fácil identificá-la. Com Miguel no colo, coloquei
no carrinho. Não soltei o meu bebê por nada, ele é danado, poderia sair correndo,
sei lá!
Finalmente, avistamos a
saída e toda a nossa família nos esperava, acenando felizes atrás do vidro da
sala de desembarque.
Abraços, beijos e mais
um suspiro profundo, agradeci a Deus por essa experiência feliz!
Foi assim, Miss
Florinda, que tudo aconteceu. Confesso que, nesse momento, estou relembrando
desse dia com muita alegria, paz no coração e o desejo de viajar muitas e
muitas vezes de avião. Envio fotos dessa aventura incrível, que com
planejamento e tempo disponível, em resumo, foi super tranquila.
Um beijo pra você,
Angélica
e Miguel
Tag e apetrechos – Identificação da bagagem
Tchau Campinas
Céu limpo e a colcha de retalhos
Tão tranquilo que dormiu!
Hélices
funcionando...
(P.S. Adorei essa parte, Angélica)
Relaxada? Hora de comer e depois ler aquela revistinha ali...
Rio Grande – Divisa
São Paulo e Minas Gerais
Estamos chegando!
Chegando em Uberaba –
Desligar aparelhos que o avião vai pousar!
O avião... Já estamos
em terra firme.
2 comentários:
Adorei!!! Agradeço a oportunidade de relatar essa experiência. Espero ter ajudado um pouquinho as mamães em suas viagens com os pequenos, sendo ou não a primeira vez de ambos. Foi inesquecível!
Um dia vou contar essa história para meu Miguel, ver todas as fotos (e são muitas, muitas kkkkkk) e tenho certeza que ele vai adorar saber todos os detalhes. Todos os momentos com ele são especiais!
Um bjo carinhoso pra vc...♥
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